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Dica Pesca!



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SPLIT SHOT:a pesca de Black Bass com minhoca artificial

Quando falamos das pescarias do Black Bass com o uso de iscas artificiais, a minhoca artificial pode ser considerada uma das melhores iscas, pois, ao contrário do Tucunaré, este peixe é extremamente seletivo e não ataca qualquer coisa que lhe passe pela frente.

Por ser astuto e desconfiado, se o alvo (a isca) não for algo bem próximo do natural, com certeza ela irá rejeitá-lo. Assim, quando pescamos em represas rasas e nos dias em que o Black Bass se esconde nos tocos pertos da margem, por exemplo, uma isca artificial que parece ser uma suculenta minhoca, com movimentos delicados, será mais eficiente que um pequeno peixe vindo do céu. É óbvio que esta questão não está fielmente comprovada, mas a observação assim tem indicado. E se a isca não possui uma apresentação suave, ela provavelmente assustará o Bass, em vez de seduzi-lo. É exatamente aí que entra e minhoca plástica.


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A minhoca sensível

A minhoca artificial tem grandes vantagens em relação aos plugs. Primeiro, por causar bem menos estardalhaço ao atingir o alvo, já que seu volume é menor e seus movimentos são mais naturais e delicados. No entanto, para muitos, a pesca com minhocas é mais complicada, pois exige do pescador uma sensibilidade à flor da pele, sob pena do peixe perceber que se trata de um objeto estranho antes da fisgada. O sistema Split Shot, também conhecido com Carolina Worm, criado pelo norte-americano Jack Cancellor, e veio substituir o sistema Texas Rig no qual o chumbo vem imediatamente após o conjunto de anzol e a minhoca. É comum neste sistema, se perceber as estrias deixadas no chumbo pelas placas dentígeras dos Basses. Ou seja, o chumbo atinge a boca do Bass, que já tem ai o primeiro indício de que algo estanho está acontecendo. Em seguida o peixe estanha a diferença entre a minhoca natural e a artificial e mais que depressa a expele. Outro problema que merece destaque, também encontrado no sistema Texas Rig, diz respeito ao toque do chumbo nos lábio do peixe e que pode até afugentá-lo.

Esses pequenos detalhes, que podem parecer mania de pescador, interferem muito no resultado de uma boa pescaria. Já no Split Shot o chumbo fica de 30 a 40 cm de distância do anzol, a minhoca chega com muito mais leveza ao alvo. O Bass sugará a minhoca sem qualquer obstáculo, tardando a constatar que se trata de uma isca artificial. Estes poucos segundos são de grande importância, pois permite ao pescador tempo para um resposta mais eficaz, que resulta em uma fisgada vigorosa. É necessário ressaltar que, com a ausência do chumbo próximo ao anzol, a resistência da água facilita a evolução da minhoca artificial, que se traduz num balé extremamente sedutor para o bocudo. E estas observações, porém, não tem nada de científico. São apenas produtos de observação.



O poder da miçanga

Depois da linha principal que sai da carretilha, ata-se um líder de mais ou menos um metro de linha transparente, com o mesmo calibre da linha principal. Neste líder, introduzimos o chumbo e, em seguida, duas miçangas coloridas e facetadas, cujo brilho e barulho irá exercer uma atração adicional ao peixe. (Detalhe importante: o tamanho das miçangas devem ser semelhante ao de uma semente de laranja). Concluída esta parte, amarramos um girador do tamanho compatível, ao qual atamos mais 40 cm da mesma linha transparente, para sustentar o anzol e a minhoca – colocada no anzol da maneira tradicional. Desse modo, o conjunto estará pronto para uma pescaria no sistema Split Shot.

O equipamento pode ser uma vara de ação rápida ou extra-rápida, para linhas de 8 – 20 lb, e uma carretilha, embora muitos pescadores prefiram ao contrário uma vara moderada com molinete. Em ambos os casos use equipamento que comporte linha de 8 a 20 lb. Segundo a experiência de Jack Cancellor (o criador do Split Shot) um chumbo de maior volume, ao ser tracionado, irá levantar mais detritos do fundo, com o intuito de chamar a atenção do Bass. Porém, como o objetivo do sistema descrito é apresentar a minhoca de forma discreta, o chumbo menor é o mais indicado, já que seu menor volume fará a minhoca trabalhar com mais lentidão ao cair na água, ocasião em que o Bass costuma atacar.


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Trabalhando a isca.

As minhocas com aroma e sabor, do tipo Power Bait, são as campeãs. O que não quer dizer que as outras não possam ser utilizadas. Temos duas opções ao trabalharmos com este sistema. Após o arremesso, depois do conjunto chegar ao fundo – o que é percebível quando se bambeia a linha – tira-se a folga para mantê-la esticada. A partir daí começa o trabalho tradicional com a vara, apontando-a para a água e elevando-a lentamente até a altura da nossa testa, e deixando-a depois retornar à sua posição inicial, quando se recolhe novamente a folga que se formar. Ou então traciona-se o conjunto devagar, até sentir a pegada do peixe. Tudo é uma questão de adaptação, embora o método tradicional, dê muito mais vida à minhoca, permitindo ao pescador sentir o momento mágico dos toques do Bass, e que provocam um “frisson” difícil de ser narrado. Todo esse trabalho deve ser feito desde a margem até bem próximo do barco, pois muitas vezes o Bass vem acompanhando a isca, mesmo que esta fique distante da margem. Tenha paciência e aproveite toda a distância que separa o barco da terra firme. Procure varrer o local, arremessando em diversos pontos à frente, tento em mente que o Bass sempre estará em meio a obstáculos. Quando se trabalha no sistema Carolina Worm, não são poucas as vezes em que se percebe a minhoca sendo literalmente carregada pelo Bass.

A pressão exercida sobre a vara é como se tentasse trazer à tona uma linhada de pesca ou de rede (é a mesma sensação de estar puxando alguma coisa móvel, porém resistente).

Este sistema poderá ser utilizado em qualquer profundidade, não ficando nem um pouco prejudicado em locais fundos, bastando aumentar o peso de chumbo, desde que não o façamos excessivamente para não comprometer a suavidade do sistema.


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Os melhores pontos:

Algumas represas para você pescar: Cachoeira do França, da Fumaça e Joanópolis, no Estado de São Paulo, do Capivari, no Estado do Paraná e do Salto e Blank, no Estado do Rio Gande do Sul.



Dica:

Para quem usa minhoca artificial, após algumas pescarias, a isca fica furada por causa da pegada do peixe ou por efeito do próprio anzol. Nesses casos, elas podem ser consertadas da seguinte forma: Tenha sempre um isqueiro no barco. É só aquecer as partes danificadas que elas voltarão ao normal.